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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sem energia, não há Metas do Milênio, diz secretário-geral da ONU

Nova Iorque - Sem acesso a serviços de energia, não há como viabilizar as Metas do Milênio. A declaração resume a mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, dirigida aos cerca de 300 participantes do Fórum do Setor Privado 2011, promovido pelas Nações Unidas nesta terça-feira (20), em Nova Iorque. O evento contou com a participação de representantes de governo, empresas e sociedade civil. Entre eles, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek.

Ban Ki-Moon antecipou que a energia será um dos elementos-chave de seu pronunciamento desta quarta-feira (21), na Assembleia Geral da ONU – que será aberta pela primeira vez por uma mulher, a presidenta Dilma Rousseff. “Precisamos colocar a energia como um dos temas do topo da agenda internacional”, afirmou o secretário-geral. “Energia é um tema transversal, que passa por todos os aspectos de nossas vidas”, acrescentou.

Nesta semana, em Nova Iorque, a ONU e o Pacto Global deram o pontapé inicial para um novo programa, denominado Energia Sustentável para Todos, que tem como meta universalizar os serviços de energia até 2030, bem como melhorar a eficiência do setor em 40% e aumentar a participação de fontes renováveis em 30%, nesse mesmo período. A ideia é ter um plano de ação definido até a Conferência Rio+20, em junho do ano que vem. Para isso, sete grupos de trabalho vão formatar propostas em torno de temas como financiamento, parcerias público-privadas, comunicação, agenda global e iniciativas locais, entre outros.

O presidente da Eletrobras e o diretor-geral da Itaipu participaram do debate apresentando a experiência brasileira. Nesta terça-feira, no Fórum Privado, eles tiveram a oportunidade de debater com representantes dos mais diversos países qual deve ser o papel de governos e instituições privadas na promoção de um ambiente favorável para um plano tão ambicioso como o de universalizar a energia nos próximos 20 anos.

“É extremamente positivo que a ONU tenha colocado a energia no centro do debate global da busca pela sustentabilidade. Isso também sinaliza a importância que o sistema Eletrobras terá na Rio+20”, afirmou José da Costa, que fez uma defesa da hidreletricidade na Amazônia, em debate com autoridades internacionais, mostrando o avanço das tecnologias, as boas práticas socioambientais, o intenso processo de negociação e as formas de mitigação dos novos projetos.

Muitos dos participantes apontaram o Brasil como um exemplo positivo no combate à miséria e na promoção do acesso aos serviços de eletricidade, e questionaram os representantes brasileiros sobre como essas políticas foram construídas e executadas. Para o diretor-geral da Itaipu, a questão da universalização da energia passa pela distribuição de renda. “Não há como resolver apenas a questão do acesso a esses serviços. É preciso ter um ambiente favorável para o crescimento econômico, aliado à distribuição de renda e à boa governança”, afirmou Samek.

O evento também contou com a participação do ex-governador da Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger, que apresentou a experiência do seu governo na promoção de energias renováveis e na melhoria da eficiência energética, com projetos realizados em parcerias público-privadas. “O setor privado foi essencial para o sucesso desses projetos que hoje fazem parte dos programas da administração Obama, mostrando como iniciativas regionais podem influenciar políticas nacionais”,

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