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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Governo brasileiro defenderá desenvolvimento sustentável na reunião da FAO em Roma


Com potencial de aumentar 20 vezes a produção, Brasil quer usar o pescado para segurança   alimentar e erradicação da pobreza extrema. País também quer eleger 
brasileiro como sucessor do maior posto da entidade
 
 Governos de mais de 190 países e o setor produtivo da pesca e aqüicultura mundial estará atentos, de 31 a 4 de fevereiro, ao calendário de mais um encontro do Comitê da Pesca da FAO, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Representando o Brasil e a defesa da bandeira da sustentabilidade, a ministra da pesca e aqüicultura, Ideli Salvatti, estará em Roma acompanhando as decisões que podem mudar os rumos do setor.

  Na capital italiana, estarão em pauta dois assuntos considerados grandes desafios a maioria dos países: o combate à pesca ilegal e a prática da sustentabilidade na cadeia produtiva pesqueira e agrícola mundial. “Esse deve ser o nosso compromisso e temos condições de trabalhar para isso”, afirma Ideli.

  Com potencial de saltar a produção de pescado de 1,2 para mais de 20 milhões, o Brasil é visto com grande expectativa pelos principais países produtores do continente asiático e Comunidade Européia. De acordo com a ministra, a produção de alimentos é tida como preocupação constante dos organismos internacionais e o Brasil tem condições privilegiadas de contribuir para a garantia de a segurança alimentar. “São mais de 8 mil km de costa e cerca de 12% da água doce do mundo”, lembrou.

 Paralelo à agenda oficial, a ministra tem a missão de articular os países em favor da candidatura do brasileiro José Graziano para a direção geral da FAO, posto mais importante da entidade. A eleição acontecerá durante a conferência da FAO, em julho deste ano. Se Graziano for eleito, será a primeira vez que um representante do Brasil e também da América Latina comandará a entidade internacional.

As prioridades, resultados, orçamento e atuação da FAO também farão parte dos debates. A publicação da estatística da pesca e aqüicultura mundial, com dados e perspectivas do setor, será apresentada na abertura do evento, que acontece a cada dois anos.
Brasil como exemplo  
 
Exemplos como o Profrota, a gestão compartilhada, o desenvolvimento da aqüicultura em águas da União contemplando pequenos produtores, a organização do setor em territórios geográficos de discussão e as medidas para pesca profissional artesanal sustentável são tidos como avanços do Brasil, país que há pouco mais de oito anos tem atuado estrategicamente nessa cadeia produtiva.

 Segundo Ideli Salvatti, o Brasil está se preparando para se tornar um dos grandes produtores mundiais de pescado, a exemplo da simplificação da legislação que regula o licenciamento ambiental para produção no mar, rios, lagos e usinas hidrelétricas. “Só que aliado ao retorno econômico, queremos que a pesca e aqüicultura seja sustentável, contribuindo, principalmente, na produção de alimentos para erradicação da miséria extrema no Brasil e no mundo”, finalizou a ministra da pesca e aqüicultura.  



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